14 de agosto de 2013

Fardo













Ali estava ele, sentindo o peso de mais um corpo. Dessa vez, de uma jovem e bela mulher, que não tivera prazer algum em matar. Na verdade, nunca matara por prazer, o fazia por dinheiro, no entanto, aquele havia sido o serviço mais difícil de executar. Agora, arrastava o saco preto até o buraco que acabara de abrir num terreno baldio, onde enterraria também o seu passado. Tinha decidido mudar de profissão. Estava cansado. Na manhã seguinte procuraria outro emprego. Ele se dera conta de que já era peso suficiente viver. E arrastar o próprio corpo.