20 de outubro de 2011

Bienal do livro


Estarei na 10ª Bienal do Livro da Bahia, no dia 02.11, na
Praça de Cordel e Poesia, ao lado dos poetas Gibran Sousa e Raiça Bomfim, às 18 horas. Agradeço ao poeta José Inácio Vieira de Melo pelo convite. 
Nesse mesmo dia, às 19 horas, será o lançamento do novo livro do escritor Mayrant Gallo: Brancos reflexos ao longe. Espero vê-los por lá.

16 de outubro de 2011

Tardes com anões


(clique na foto para ampliar)

Os 7 anões, da esquerda para a direita: Igor Rossoni, Rafael Rodrigues, Carlos Barbosa, Mayrant Gallo, Lidiane Nunes (eu), Thiago Lins e Elieser César.

12 de outubro de 2011

O naufrágio


 



O noivo programou uma viagem de navio para a lua-de-mel. Não disse nada à futura esposa. Seria uma surpresa. Ele sempre pensou nisso, desde o início do namoro. Uma semana antes do casamento, porém, trocam beijos e carícias: ela e o amante. O noivo não queria acreditar no que os seus olhos marejados permitiam ver. Como no poema ceciliano, o sonho naufraga.

5 de outubro de 2011















No dia 14 de outubro, estarei na FLICA - Festa Literária Internacional de Cachoeira - participando de uma mesa que reunirá escritores dedicados à criação de minicontos. O convite foi de Gal Meirelles, da Fundação Pedro Calmon, a quem sou grata. Os feras que terei a honra de estar ao lado: Carlos Barbosa, Elieser César, Igor Rossoni, Mayrant Gallo, Rafael Rodrigues e Thiago Lins. Será às 19 horas, no espaço cultural Pouso da Palavra. Vamos?

Mais informações aqui.

2 de outubro de 2011

ANDRÔMEDA E OUTROS CONTOS

Confesso que ainda não conhecia a prosa de Ruy Espinheira Filho, apesar do autor já ter publicado contos, novelas e romances. O tom memorialista dos seus poemas já havia me encantado outrora, no entanto, com Andrômeda e outros contos eu me senti, completamente, transportada para muito longe dessa “rua vulgar, cinzenta” na qual habito.
Mas como não tenho pretensão de escrever crítica literária, até porque “Rilke dizia que não há nada mais distante da poesia do que a crítica, o que também serve para a ficção”, queria apenas deixar registrada a minha sensação ao ler os contos de Ruy Espinheira Filho: se “onde há literatura, sendo escrita ou lida, não há solidão”, posso afirmar que estive muito bem acompanhada por suas narrativas.
De fato, “o tempo passa, mas a memória fica” e isso acontece “para o bem ou para o mal”. E as pequenas histórias - epifanias - que o autor nos oferece, provam isso: as lembranças de um homem que, ainda menino, perde a inocência quando percebe que os aeroportos inauguram sem ele, levando o sonho, pois o mundo segue, mesmo com a nossa ausência; de uma senhora que, no final de sua vida, se encontra só, porque “de repente” todos morreram e nem a sua casa lhe restou, apenas a nostalgia e a preocupação com o filho, pelas estradas, “cada vez mais perigosas”; da irmã e do amigo de uma escritora que morre por se sentir cansada da espera de ver valorizada a sua literatura; de amigos que recordam um dia luminoso, de extrema clareza, e que não volta mais; enfim, as memórias de algumas almas leves e cintilantes a viajar pelo Tempo.
Ao ler Andrômeda e outros contos fui levada para frente daquela “porta verde num muro branco” como no conto de H. G. Wells. Ainda bem que não hesitei em adentrar esse mundo fantástico. Ainda bem que “existem editores que lêem os originais com capacidade de julgamento e aceitam arriscar seu dinheiro quando descobrem um bom texto. São raros, cada vez mais raros, mas existem”. Ainda bem que há iniciativas como as do Banco Capital e escritores como Ruy Espinheira Filho, que sempre nos levarão às portas verdes. E ainda bem que eu tenho um amigo escritor chamado Carlos Barbosa para me apresentar livros tão tocantes como o Andrômeda e outros contos.
      Só lamento mesmo não ficar sabendo o que era “aquilo no sovaco de Bira”.