22 de janeiro de 2012

Roberval Pereyr e o Prêmio Braskem

















SONDAGEM

As soluções? Não há.
Mas a vida prossegue, eterna.
Por isso há plantas e bichos
e o homem no mundo. E a terra.

Ou então não é nada disso
e não faz sentido algum
esta dor de dente. E essa festa.

PEREYR, Roberval. In: Amálgama. Salvador: FUNCEB, 2004.

É, talvez a vida não faça mesmo sentido algum. Nem as dores de dente.  E nem as festas. Mas, hoje, eu proponho uma bonita festa. E esta fará muito sentido, pois será em homenagem ao meu amigo Roberval Pereyr, grande professor, grande ser humano, grande poeta. O seu livro Mirante foi vencedor do Prêmio Braskem, da Academia de Letras da Bahia, edição 2011, dedicada à poesia. PARABÉNS, Roberval Pereyr, por esta premiação, muito mais do que merecida.

18 de janeiro de 2012

Exílio

Manhã, de Edvard Munch


Para Thiago Lins

Mesmo trancada em meu quarto,
não tenho refúgio,
uma terrível lacuna me persegue:
sou eu que sigo
ou o mundo que segue?

8 de janeiro de 2012

O mar















Nunca fui capaz de compreender a imensidão do mar. Diante dele, sou toda fascinação. Sempre que o contemplo, penso na existência de Deus. Aquele azul não pode ser fruto de mãos humanas. Deixo-me envolver, de tal modo, por suas ondas, que imagino, um dia, entregando-me a elas, querendo entender os seus mistérios. Os meus amigos acham essa ideia ridícula e, temerosos, não querem que eu ande mais pela praia. Não adianta. Não consigo deixar de amar, o mar. Trancada em meu quarto, choro. O mar, então, está em mim. E transborda.