Me disseram que eu precisava estancar as feridas.
Me pediram para esquecer o passado e ter esperanças.
Me convidaram a entrar na dança
e ser feliz, nada mais.
Me pediram para esquecer o passado e ter esperanças.
Me convidaram a entrar na dança
e ser feliz, nada mais.
Cheia de ataduras, me pus um vestido verde e saí rodopiando,
amando, chorando e olhando pra trás.
amando, chorando e olhando pra trás.
Lidi,
ResponderExcluirTão leves os teus pés valsando, despidos das sandálias e corpo em suave harmonia com os ares. A sua poesia é uma chama pura.
Um forte abraço,
José Carlos
Ola querida
ResponderExcluirvisitar teu blog ja é obrigatorio cada vez que penso em me conectar
rssrsrr
suas palavras sao cada vez mais harmoniosas resultando numa melodia que jamais irei me cansar ;p
bjinhos tudo de bom pra ti!!
ah e BOM CARNAVAAL rrsrs
esquecer, se perder, se encontrar...
ResponderExcluirOlha para trás sim, Lidi, mas com ares de quem venceu, ultrapassou esses obstáculos. Rodopie, ame, chore sempre, a vida é sempre motivo para dançar, mesmo que seja uma valsa. Beijos.
ResponderExcluirPerceba que no seu rodopiar, por alguns instantes, você consegue voar. Aproveite! Abraço!
ResponderExcluirÀs vezes me parece que quando a gente vai ficando velho deve deixar de ler poesia de gente nova: a memória e a capacidade de concentração já não são as mesmas — e os romances, poemas ou ensaios não calam tão fundo na alma de um sexagenário como na de um adolescente. Mesmo as canções têm considerável menor pregnância para um ancião do que para um menino. Bem, eu nem devia falar em menino: é óbvio o quanto as canções que aprendemos na infância atingem uma grandeza dentro de nós inalcançável pelas que ouvimos na maturidade. E tudo o mais. Fico fascinado pelo valor que certos seriados de TV têm para alguns amigos meus que estão, por exemplo, nos seus 40 anos. Mas, como sou um velhinho transviado, estranho igualmente a resistência que contemporâneos meus mostram a ler, ver e ouvir lançamentos. Por que ler um romance de Adam Thirlwell inteirinho só por causa de um conto de Antonia Pellegrino que meu filho achou num livro coletivo? Por que ver um clipe de Devendra em vez de me agarrar a Ella cantando Cole? Tudo isso só pode sobrecarregar meu HD.
ResponderExcluirSe as minhas palavras conseguem encantá-la, é porque antes bebi a beleza das suas. É porque bebi o sangue e a magia da sua criação, Lidi. No seu poema há uma contradição ou antítese entre uma pretensa alegria, para a qual o sujeito é convidado, e a beleza da aceitação, ao revelar a melancolia que acompanha este sujeito da enunciação através da escolha dos gerúndios que intensificam o “olhar para trás”, mostrando que a dor também vai com ele. Também é significativa a imagem iluminando o poema, como se estivesse no teatro em que a luz ilumina o personagem, realçando sua representação. Aqui, a imagem – repito – ilumina o poema, complementando-o. Ainda que a moça esteja trajada de verde, simbolicamente significando a esperança, na imagem o corpo representa um passo de dança, mas o rosto não aparece. Também é sintomático que apareça apenas um corpo, numa estrada deserta. Enfim, há uma atmosfera entre o dito, o não dito e o interdito que faz do seu poema um palpitante tesouro. Foi o que não disse antes, mas o faço agora, também para me parecer com o moço que parece antes nos comentários(rsrsrs.
ResponderExcluirCom carinho de sempre,
José Carlos
Muito lindo, Lidi. A imagem em movimento, construída tão perfeitamente com a utilização dos gerúndios, vai ficar grudada na memória. A sensibilidade do "chorando e olhando para trás" é pungente, passa uma coisa que, me parece, diz: vai, aventure-se, viva a vida, mas isso parece exigir que se deixe algo amado para trás, e isso dói. Gostei muito. Beijo.
ResponderExcluirHá no poema uma tensão dualística entre "o conselho" versus a "necessidade de mudança", da qual o sujeito lírico empreende-se em fazê-la, tendo, porém, ainda ligações com as referências mnemônicas pessoais. Teu poema, assim como outros, possui uma carga semântica plural, condensada na estrutura aparentemente simples de seus trabalhos. Parabéns, beijos e saudações minhas.
ResponderExcluir(P)ost (S)criptum: é sempre um prazer tua presença na minha página, obrigado sempre.
Lidi, para mim o bom poema é aquele que sussura um significado íntimo ao nosso coração, que transforma em palavras algo que a gente nunca conseguiu dizer, não da forma como a gente queria. Entãoeu só posso te agradecer pelo seu poema =*
ResponderExcluirPorque eu sempre adoro tudo o que vc escreve!
ResponderExcluirBeijos
Meu Deus? O que é isso, Lidi?! Um dos textos mais lindo que eu já li!!! Um convite! Parabéns!! Bjs
ResponderExcluirSol