6 de janeiro de 2013

A vida dentro dos livros



















         Estamos bem, mãe. Paris é linda! A. está radiante. E eu estou muito contente, em saber que a estou fazendo feliz. Encontraremos com P. na semana que vem. Ele nos levará até a Suíça. Vamos revelar todas as fotos e enviaremos para a senhora. Prometo. Dê lembranças ao vovô e a L. Em breve estaremos de volta. Um beijo carinhoso deste que te ama, V. Lágrimas nos olhos, coração cheio de saudades de um filho que já não existe, ela coloca o cartão postal − enviado em 1982 − dentro do velho livro, e o guarda na gaveta da cômoda. Exatamente como faz, há 30 anos, todos os dias, antes de dormir.

14 comentários:

  1. Bonito! Você captou bem a atmosfera, o clima, do postal e, com o procedimento literário adequado, transformou o trivial em literatura. Me sinto feliz por ter colaborado, indiretamente, em sua criação. Abraço!

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    1. E eu fico feliz por você ter gostado do miniconto, Mayrant. Obrigada pelo comentário. Um abraço.

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  2. Uma "suspensão triste" ao terminar a leitura. Daí, reinterpretamos o título e seguimos adiante.

    Abraço!

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    1. Verdade, Fabrício. O título se ressignifica depois da leitura do miniconto. Obrigada pela tua leitura. Um grande abraço.

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  3. Muito bom, Lidi! Bem escrito, sem uma palavra a mais ou a menos. Além de terrivelmente impactante. Bjos

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    1. Ângela, minha amiga, fiquei muito contente com o seu comentário. Obrigada. Bjs

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  4. Que microconto mais lindo, Lidi! Terminei com os olhos úmidos e os pelos arrepiados! Que sutileza e que dor! Você é mesmo uma escritora de uma sensibilidade e tanto! A admiro muito! Beijo!

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  5. Belo texto, caríssima, um olhar atento e sensível para as coisas simples da vida. Aquele abraço. T

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  6. Gostei muito desse lidi!
    muitp bom
    Jefferson

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    1. Que bom que gostou, Jefferson. Volte sempre. Um abraço.

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