5 de dezembro de 2011

Um presente poético

O poema abaixo, dedicado a mim e repleto de belas imagens, foi escrito pelo professor José Carlos Sant Anna - que mantém o blogue Tão Preto – Ausente de si mesmo. Fica aqui registrada a minha gratidão e o meu encantamento.















Tecendo

Para Lidi

De que serve a ternura
ou a carícia tão doce
do mar em plena lua cheia?

De que serve o vôo fácil,
rasante, nas cataratas do prazer,
se teu sangue não coagula?

De que servem as vogais
infiltradas no teu nome
roendo o fruto, a semente
se não irrigam tua vida?

De que serve o júbilo
se o mistério não existe
e o absoluto é um pecado
sob músculos e ossos?

De que serve o estigma
se a terra é tua vida
e a razão impele-a à dor
emasculando o grito?

De que serve o rio
náufrago, viúvo da insensatez,
que percorre tuas veias?

De que serve? De que serve?

2 comentários:

  1. Lidi,
    Muito obrigado pela bela acolhida em sua casa. Tão bom o seu aconchego! Acho que não vou querer sair mais (rsrsrs).
    Abraços

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  2. Lidi,

    Espero que você goste da Revista. E fico aguardando sua colaboração. O próximo número sai em março próximo.
    Abraços,

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