Acorda, trabalha, se
exaspera,
executa sua rotina nos
mínimos detalhes
numa repetição enfadonha
e desesperada
não se permitindo, nunca,
uma hora a mais de sono,
um murmúrio, um mísero
atraso.
Ama, sofre, sonha,
espera,
como se valesse a pena
todo e qualquer momento debaixo do sol,
ignorando que a cada
passo que dá morre mais um pouco, se mata,
que cada pensamento seu é
um adeus,
e que cada verso escrito,
uma despedida,
uma linha, um esboço
de uma carta suicida.
de uma carta suicida.
Lindo, Lidi! Transformar a tristeza em beleza é uma de suas marcas que mais admiro! Beijo!
ResponderExcluirObrigada, amiga Érica. Fico feliz que tenha gostado. Eu também admiro muito a sua poesia. Um ótimo 2015 para você. Bjs
ExcluirLidiane, há de se perguntar quem nunca sentiu essa constelação nos nervos e nos ossos? Essa carta sem rasuras contém uma infinidade de assinaturas. Não sei se é um sopro no sopro sobre o abismo das palavras ou da vida. Belíssimo texto para fechar o ano com chave de ouro.
ResponderExcluirAbraço forte,
Obrigada pelas palavras, José Carlos. Sempre bom ler o seu comentário. Um excelente 2015 para você. Um abraço.
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