4 de agosto de 2011



















VAZIO


Sozinha,
no meu quarto frio,
cheirando a mofo,
tento decifrar
quem sou.

Horas e horas,
devorando-me:
apenas dúvidas,
incertezas,
mais nada.

E eis que eu,
que já acolhi tantas
dentro de mim,
me descubro casa
desabitada.

10 comentários:

  1. Lidi, de repente, minha estranha mobília se dilui dentro de mim, muda de endereço, se perde antes mesmo de partir. Que poema triste e bonito!
    Beijosss

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  2. "me descubro casa / desabitada". Gosto imensamente. Bjs.

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  3. Lidi, que delicadeza incômoda é essa!? Sua sensibilidade me causa borboletas no estomâgo. Beijos!

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  4. Lidi, minha querida,

    Leio as suas poesias e me vejo lá, personagem delas ou voz poética (Que ousadia, hein?). Por isso, disse que vc fala tanto... de mim, de nós, de todos – seres inquietos, incertos, errantes e desabitados!! Bjão
    Sol
    P.S.: Amei o "testando..."

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  5. O blog está lindo! E mais ainda com os versos de Lidi.

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  6. Oi, Lidi, uma casa desabitada mas inspirada. Belo poema!

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  7. A suavidade dos teus versos me encanta e inquita, lidi!

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  8. todos nós!! alguns ainda não perceberams2 bjs

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