22 de agosto de 2011
















O que fazemos quando um relacionamento termina? Como agimos se ainda o amamos? Onde escondemos este sentimento que quer explodir da caixa do peito? No fundo da mala, debaixo da cama, dentro da gaveta?  Para qual direção olhamos, se tudo a nossa volta nos faz lembrar dele? Nos apaixonamos outra vez? Por que sofremos por amor? Será que, um dia, a gente esquece?

5 comentários:

  1. Lidi, minha linda,


    Estava pressentindo algo assim, mas não quis te perguntar antes. Seus últimos posts no blog e no facebook transpareciam sua alma.
    Talvez, apenas tenham se esgotado, momentaneamente, as possibilidades. O amor continua mesmo, talvez para sempre. Mas às vezes passa que nem sentimos. Você deve orar, sim, mas com resignação, aceitando os desígnios de Deus e pedindo para que Deus abençoe vocês e que aconteça o que for de melhor na vida dos dois. E, se for para ficarem juntos, que sejam muito felizes.

    Enquanto isso, procure sair com os amigos (VOCÊ NUNCA ESTARÁ SOZINHA!), vá a eventos culturais (E ME CONVIDE PARA IR JUNTO, CLARO), mergulhe nos estudos, nos seus projetos pessoais, na escrita (VOCÊ ESTÁ CADA VEZ MELHOR), na Igreja, mas não deixe nunca sua mente ficar vazia, ociosa, dando espaço para qualquer tipo de sentimento que não seja o da alegria que lhe é pertinente.
    Com certeza, essa experiência que você teve com ele não foi por acaso. Foi um momento de intensa aprendizagem para ambos. Mas o momento não era esse, talvez a pessoa não seja essa (ou ainda também não seja o tempo dele com você).
    Eu sei que as palavras não significam nada, amiga, mas dê tempo ao tempo e, sobretudo, cuide de você. Deus deu-nos um corpo e uma alma para que cuidássemos. Se não cuidarmos de nós mesmos, ninguém cuidará de nós. Valorize-se muito (você tem qualidades inigualáveis). Arrume-se todos os dias como se fosse conhecer AQUELA pessoa (mesmo que esteja pensando nele). O importante é que você esteja sempre de bem consigo mesma.

    Amo você e tenho um carinho enorme pela sua pessoa.
    Se precisar conversar, estou aqui, sempre, minha IRMÃ de alma.
    Beijos.

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  2. Essas perguntas continuam sempre, depois que o primeiro amor, o segundo amor passa, o terceiro amor passa. O coração continua, Drummond bem disse. O amor depois se instala num novo rosto, num novo cheiro. Não esquecemos os amores anteriores, mas eles ficam apenas como memória, como parte de um mosaico existencial, esse que configura nossa vida. A dor de cada um desses amores que se vão é sempre a mesma: implacável. E precisamos de algum tempo para retornarmos a nós mesmos. Todas as vezes em que isso aconteceu comigo fui buscar socorro na literatura, na música, no cinema, enfim, na arte: ela nos consola, nos aquieta, pois que fala de tudo isso que somos: fragilidade e força.
    Bjos, querida. Sua amiga, sempre, Ângela Vilma.

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  3. Deixe o sentimento aí. Viva ele. Toda dor, toda saudade, transforme tudo em poesia, em aprendizado. "O amor é um chamado para longe" nos ensina Rilker. Um dia o sentimento se transforma e o amor, que é uma energia, muda de feição. Ah, também visite os amigos, leia...

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  4. Lidi, mimosinha, cada vez que te leio e vejo aqui ou no face, me sinto sua mãe, que você se parece comigo só que ainda menina. Eu posso imaginar como você está desolada e sem fé, mas sabe uma das exigências do amor é termos de enfrentar os seus ataques cruéis de deslealdade. O amor é temperamental como as pessoas. Machuca como as pessoas, se desculpa como as pessoas e perdoa ou não como as pessoas. Receita para acomodá-lo melhor, eu não tenho. Meu jeito é como o do Angela, deixar que ele se estenda para tudo o que há na minha vida. Desfocar de um único ser. Amar as artes e os amigos. Não que resolva, mas ajuda. Você vai conseguir encontrar o seu jeito e ir além porque a gente não tem escolha a não ser andar e para frente. Sempre. Beijosss

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  5. Lidi, minha amiga, tudo dói, tudo queima sem fósforo aparente, no dizer de Drummond. Ninguém está preparado para enfrentar uma dor dessas, seja aparente ou não. Mas se a amizade ainda é uma coisa séria, os depoimentos aqui colhidos confirmam, ao menos, que não está sozinha nessa dor. E isso conta. No mais, força, muita força. Aquele abraço. Do amigo e padrinho, T.

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