10 de janeiro de 2010















RUÍNAS

Resolveu ir à praia. Fazia tempo que não descansava um pouco, que não se dava esse direito. Pela primeira vez, depois de muitos anos, estava repleto de planos, de esperanças. Não queria ficar em barraca alguma. Sentou-se bem pertinho das águas, a fim de observar melhor o vai e vem das ondas. E como uma criança, começou a remexer a areia, a juntá-la com as mãos, a construir algo parecido com um castelo. Parou. Gastou alguns segundos apenas contemplando a sua grandiosa criação. De repente, o mar...

16 comentários:

  1. É tempo de mini-conto. Beleza, Lidi!

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  2. De repente...um grande texto. Sua ligação palpitante com o mar é absolutamente terna. Saímos embebidos, e transformados. Aquele abraço.

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  3. O mar tem tudo a ver com as reticências finais, muito bom.


    abs;
    Fabrício

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  4. se eu tivesse seu numero,ligava correndo pra saber: sim, o mar, e daí? derrubou o castelo? apenas lambeu-lhe a base? arrodeou o castelo formando o fosso dos crocodilos?
    eis o mistério da literatura!

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  5. ... ou inundou os sonhos ?

    Grande metáfora, amiga!

    Parabéns, mais uma vez.

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  6. O "mar" sempre chega, não é mesmo? De um modo ou de outro.
    Muito bonito,Lidi. Beijos.

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  7. Eita! Já passei por isso
    E aí, veio o mar...

    Adorei!
    Beijos

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  8. Bonito mesmo. Podemos ler também: de repente o mar não derrubou o castelo, apenas se curvou, reverenciando-o... Um abraço, Lidi, gostei muito de seu texto.

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  9. Que final (final?) delicioso!
    Lidi, adorei a frase de Guimarães Rosa sobre felicidade que você deixou lá no meu blog. Beijos!

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  10. Lidi,
    Belo conto. Parabéns!
    Me deu vontade de dar um pulinho na praia e ver o que acontece...

    Obrigado pelos comentários que você postou no meu blog. Volte sempre que quiser e puder.
    Um abraço.

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  11. O mar sempre vem mesmo... e, como uma pessimista de carteirinha, não me iludo: ele destruiu, sim, o castelo. Bjs, Lidizoca.

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  12. Que legal!!!
    Não conhecia o seu blog... mas vc está de parabéns. O mar... o mar é o lugar dos infindos mistérios, das intermináveis contradições: belezas, medos, dúvidas, vida, destruição...
    Adorei o conto.
    Voltarei mais vezes!!!

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  13. Muito bom, Lidi! Mesmo.
    Cada vez mais encantadores os teus textos.
    Um beijo.

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