16 de julho de 2009



IMPULSOS

Vontade de fazer poesia.
Escrevo e sinto-me livre, única,
movida por um dom supremo,
e menos mortal.

Mas, uma enorme dúvida:
Meus versos, realmente, o que são?

Penso, às vezes, que não passam
de meros impulsos sem arte.
Mas, se indagares de mim a verdade,
juro não saber a resposta.

E mesmo agora, neste momento em que me lês,
continua o mistério.
Talvez eu seja poeta, talvez não,
mas que importa isso?
Estamos vivos, e ler é só um remédio.

8 de julho de 2009



Fragmentos do Tempo

Escrevo. Sim, de vez em quando, rabisco uns versos. Apesar disso, nunca me considerei (nem me considero) escritora, muito menos poeta (ou poetisa). Desconfio da minha escrita e tenho receio de publicar o que escrevo. No entanto, os poucos amigos para os quais, às vezes, mostro alguns versos me elogiam e me incentivam a publicar. Já faz algum tempo que estou tentando perder esse medo. Continuo desconfiando dos meus escritos, mas decidi mostrá-los a mais pessoas, pedir sugestões, sempre querendo me convencer e acreditar no que escuto dos meus amigos (que para mim são suspeitos). Dias atrás, mostrei três poemas meus a uma escritora que admiro muito e comentei com ela sobre as dúvidas que nutro em relação a minha escrita. Ela me respondeu que “os maiores escritores são aqueles que duvidam que o são”, que gostou dos meus poemas e que era para eu continuar “duvidando, lendo, escrevendo, reescrevendo” e me arriscando. Suas palavras me marcaram e resolvi me arriscar. Não agora. Farei isso, em breve, publicando alguns dos meus pálidos versos neste espaço. O que pretendi com toda essa confissão, na verdade, foi divulgar o Fragmentos do Tempo, blog de uma grande amiga que, assim como eu, desconfia do que escreve, mas, devido a uma pequena insistência minha, resolveu, também, se arriscar com as palavras.